Vivemos num ritmo tão acelerado, tão cheio de notificações e estímulos, que acabamos desenvolvendo um instinto automático: julgar mensagens antes mesmo de lê-las. Pelo título, pelo formato, pelo remetente. E aí, sem perceber, muita coisa boa vai direto pra lixeira emocional.
Sabe aquele e-mail com “parabéns” no assunto?
Muita gente já pensa: “lá vem loja querendo me vender algo com desconto”.
Ou aquela mensagem no WhatsApp: “ah, deve ser automático, nem vou abrir”.
E com esse filtro automático ligado, acabamos ignorando até coisas feitas de verdade pra gente — como um presente legítimo, uma oferta útil ou uma gentileza sincera.
Isso não acontece só no digital, aliás.
Tem gente que ganha um brinde físico, um cupom, uma lembrança... e nem agradece, nem usa, nem percebe o valor. Fica ali, esquecido, porque a mente já classificou como “mais do mesmo”.
Mas será que é mesmo?
Essa atitude diz muito sobre o momento em que vivemos:
Todo mundo quer ser notado, lembrado, valorizado — mas muitas vezes não está disposto a dar atenção ao que recebe.
Uma provocação simples:
Na próxima vez que uma mensagem chegar, resista ao impulso de julgar pelo rótulo. Leia com calma. Entenda a intenção. Pode ser que, por trás daquele texto comum, exista algo feito exclusivamente pra você — e você nem percebeu.
Porque pior do que não receber nada… é ganhar algo bom e deixar passar por puro automatismo.
“Tem momentos em que ganhamos coisas, mas estamos tão distraídos, desconfiados ou apressados… que nem percebemos. E aí, sem querer, deixamos passar o que foi feito especialmente pra gente.”